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04/01/2012

Veja sugestões para pagar as contas de início de ano sem se endividar

Para que o consumidor enfrente melhor esse momento, o presidente do conselho da Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Roberto Vertamatti, faz algumas recomendações.
No caso dos tributos, como IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) e IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), Vertamatti recomenda muito cuidado, pois o atraso pode acarretar em nome “nagativado” e multas, algumas com 20% do valor do tributo.
Observar com cuidado os tributos é essencial, já que são mais de 80 tributos diferentes a que os brasileiros estão sujeitos, entre contribuições, impostos, tarifas e outros.
Veja algumas considerações sobre o pagamento desses tributos, bem como de outras contas:
Empréstimos - para o contribuinte que precisa fazer um empréstimo para pagar os tributos, a sugestão é que opte pelo consignado, que tem juros ao redor de 30% ao ano.
“Os bancos têm como garantia a renda mensal (salário), porque esse tipo de empréstimo é feito através do RH [recursos humanos] das empresas. Já no caso dos aposentados, a garantia é o que eles recebem do INSS”, explica a Anefac.
IPTU - a recomendação principal é que não faça o parcelamento desse imposto. Mas, para quem não tem condições e precisa parcelar, muito cuidado com os juros. A multa pelo atraso desse imposto varia de cidade para cidade, podendo chegar a 20% do valor, mais os juros que vão de 1% a 2% ao mês.
IPVA - pagando o IPVA à vista, o contribuinte conta com um desconto de 3%, caso tenha carro licenciado no estado de São Paulo. Assim, pode ser recomendável tirar dinheiro da poupança ou mesmo de aplicações de renda fixa para pagar esse imposto à vista.
Lembre-se de que o desconto ao pagar o IPVA à vista normalmente é maior que o rendimento dessas aplicações, que giram em torno de 0,58% ao mês, ou 6% a 8% ao ano.
Taxas de Licenciamento e Seguro Obrigatório - “quanto às taxas de licenciamento e seguro obrigatório o valor deve ser pago em uma única vez”, recomenda a Anefac.
Gastos escolares - o ano letivo dos filhos começa com as mensalidades. Caso o consumidor esteja passando por dificuldades financeiras e não consiga fazer esse pagamento, o melhor é procurar a escola e negociar a dívida em parcelas.
Os materiais escolares e o uniforme também vão pesar no orçamento, e, nesse caso, os pais devem fazer pesquisa de preços, sempre optando pelo pagamento à vista. É importante pechinchar, já que o pagamento à vista pode render de 10% até mais em desconto. “Caso não tenha disponibilidade para pagamento à vista, parcele em até seis vezes no cartão, mas não atrase estes pagamentos mensais, pois os custos são de 250% ao ano”, afirma Vertamatti.
Gastos com a saúde - boa parte da população brasileira possui planos de saúde. Vertamatti avalia que, mesmo que alguns planos não atendam a todas as demandas de tratamento, ainda é melhor ter um deles do que estar sujeito ao atendimento público de saúde.
No entanto, afirma Vertamatti, “é importante não ficar inadimplente com o plano de saúde para não estar sujeito ao corte no atendimento”. Ainda em relação à saúde, lembre-se de que existe a possibilidade de ter gastos com remédios ao longo do ano, que acabam pesando muito no orçamento familiar, em especial dos aposentados e idosos.
Cartões de crédito - Vertamatti recomenda enfaticamente que os consumidores evitem ao máximo o endividamento com cartão de crédito. Isso porque, segundo o diretor, os juros são absurdos, estando em média a 250% ao ano.
Outra questão relativa ao cartão de crédito são as taxas cobradas pelos bancos. O consumidor deve sempre buscar alternativas, negociando com o banco para não pagar nenhuma taxa de manutenção do cartão. “Normalmente os cartões dão crédito pré-aprovado para ser utilizado. Lembre que tomar este crédito ou parte dele é como assumir uma dívida com juros altíssimos”, explica Vertamatti.
Cheque especial - os juros do cheque especial também são altos, da ordem de 150% ao ano. Esse recurso deve ser utilizado apenas em casos muito especiais e urgentes, quando não houver outra alternativa e sempre por um período pequeno de tempo.
Fonte: UOL Economia