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13/02/2014

No setor de imóveis será difícil um ano como 2013

Em contraste com o comportamento inexpressivo da economia brasileira em 2013, tanto os lançamentos de imóveis novos como a comercialização apresentaram, no ano passado, números exuberantes - crescimento, respectivamente, de 16,4% e de 23,6%, em comparação com 2012. É o que diz o balanço do setor imobiliário do Município e das cidades da região metropolitana de São Paulo.Há duas explicações para a expansão do mercado: a primeira é a base de comparação, pois 2012 foi um ano fraco para o setor de imóveis, às voltas com problemas que iam desde a entrega das unidades, atrasadas em razão da escassez de mão de obra qualificada, até a superestimada capacidade de produção de algumas grandes empresas. A segunda foi a conclusão de obras postas à venda em 2013. Empresas capitalizadas, que puderam esperar para colocar as unidades no mercado, buscaram beneficiar-se das altas de preços adiando as vendas.
O aspecto mais negativo foi mencionado pelo presidente do sindicato da habitação (Secovi), Cláudio Bernardes: a evolução nominal dos preços dos imóveis foi da ordem de 20%, em 2013, enquanto a alta real, descontada a inflação, foi estimada pelos técnicos da entidade em 10,7%, em média. Essa alta de preços limita a expansão do mercado imobiliário - e é provável que ela se repita, neste ano.
A principal evidência das limitações do poder aquisitivo dos compradores está na dimensão das unidades: dobraram, em um ano, as vendas de apartamentos de um dormitório, de 4,2 mil para quase 8,4 mil. E esses apartamentos alcançaram uma participação de 25% nas vendas totais, em relação aos 15% registrados no ano anterior.
A projeção para o mercado imobiliário, em 2014, é de estabilidade, ou seja, de preservação de um ritmo apenas satisfatório de atividade. Não é o que o setor aprecia, mas poderá ser inevitável.
Não é que faltem recursos para financiar produtores e mutuários, pois as cadernetas continuam a bater recordes de captação. Os inimigos do mercado são a inflação, que reduz o poder de compra dos salários, a dificuldade de achar áreas edificáveis, em especial nos grandes centros, e as incertezas no plano macroeconômico.
Essas incertezas afetam tanto construtores, que hesitam em lançar empreendimentos, como mutuários, que temem pela instabilidade das empresas onde trabalham ou prestam serviços.
Fonte: Estadão