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07/11/2012

Goiânia: Imóveis comerciais têm alta de 8,28%


O preço dos imóveis comerciais à venda em Goiânia valorizou a­cima dos índices da poupança e inflação no último ano. Conforme pesquisa do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Goiás (Creci-GO), que avaliou a situação em 14 novos empreendimentos da capital, o valor do metro quadrado de salas e lojas evoluiu 8,28% entre agosto de 2011 e igual mês de 2012. No ano passado, o metro equivalia a R$ 5.589,89 e, agora, subiu para R$ 6.053,01. Em contrapartida, os investimentos na poupança, no mesmo período, valorizaram 6,82% e a inflação, 5,48%.Na visão do presidente do Creci-GO, Oscar Hugo Monteiro Guimarães (foto), o contexto demonstra duas situações: a primeira é que quem preferiu investir na poupança ganhou menos dinheiro do que se tivesse comprado salas comerciais em Goiânia; segundo é que a compra de imóveis desta categoria tem se mostrado rentável e com retorno garantido. Segundo ele, empreendimentos comerciais saem na frente, inclusive, dos imóveis habitacionais, quando o assunto é facilidade e valor de aluguel. “E­xistem salas com preço de locação duas vezes maior que o de apartamentos”, informa ele.
Fora a vantagem do aluguel, Guimarães pontua ainda a legislação que, em sua opinião, é menos burocrática com proprietários de salas comerciais em relação a donos de imóveis habitacionais. Outro aspecto é que o metro quadrado do comércio desponta. “Hoje, um apartamento de alto padrão tem o metro quadrado em torno dos R$ 4 mil”, destaca. Enquanto isso, existem lojas na capital cujo valor do metro ultrapassa os R$ 7,4 mil. Neste caso, são levados em consideração a localização, o valor do metro no bairro em questão, a qualidade e o acabamento do imóvel.
Os 14 prédios avaliados pela pesquisa têm, ao todo, 4.506 unidades de salas comerciais. Deste total, 3.461 já foram vendidas e 1.045 estão disponíveis. São edifícios novos, com pouco tempo no mercado ou em processo de finalização. A tendência dos investidores é comprar para alugar. Daí o aquecimento do mercado de venda. Em um ano, foram lançadas para ven­da, em Goiânia, 341 unidades de lojas e 4.165 salas comerciais. Hoje, restam disponíveis apenas 18 lojas e 1.027 salas.
Lojas
A baixa quantidade de lojas para venda, aliada ao interesse de investidores que desejam comprar, contribui para a elevação do preço e diferença, inclusive, em relação ao valor das salas comerciais. O metro quadrado das lojas chega a valer, conforme os dados do Creci, R$ 7.492,13. Já o das salas comerciais é 28,3% menor, valendo R$ 5.368,46.
A região da capital que se destaca pela quantidade de unidades disponíveis é a sudoeste, principalmente nos locais próximos ao Bairro Eldorado, que vem sofrendo nos últimos anos processo significativo de ocupação e investimento imobiliário. No último ano, foram lançadas na região 3.822 unidades de salas e lojas. Dessas, 963 estão disponíveis para venda. No comparativo, na região Sul, foram ofertadas 580 unidades e restam 69 à venda; no leste de Goiânia, foram lançadas 104 e sobraram 13.
Em parte, tal processo é explicado pela necessidade de expansão e descoberta de outras áreas na capital. Regiões como Sul e Leste, apesar da importância econômica e do metro quadrado mais caro, estão densamente ocupadas. Diante disto, os corretores de imóveis já sentem a maior procura dos investidores e interesse por outras localidades.
Migração do comércio para outros bairros
Há dez anos no ramo imobiliário, o corretor José Mariano Neto, de 48 anos, destaca o Bairro Eldorado entre os mais valorizados em Goiânia, por dois aspectos. Além da construção de prédios habitacionais, o comércio também está migrando para aquela região.
“Para o investidor, morar perto do trabalho é um diferencial. Isso tem ajudado bastante e influenciado no fechamento dos negócios”, diz ele, que já vendeu mais de dez lojas dentro do Shopping Plaza D’Oro. Pelo menos outras dez ainda estão à venda.
Na época do lançamento do shopping, cada sala foi vendida por Neto por R$ 100 mil. Hoje, o valor chega a R$ 145 mil. Alguns dos compradores quitaram a quantia e já conseguiram alugar.
“Uma sala de 40 metros quadrados é alugada, hoje, por R$ 900”, diz o empresário Reginaldo Nápole, que está terminando de arrumar a documentação para ocupar a sala no local. Apesar do atrativo valor do aluguel, ele investiu para gerenciar um negócio próprio. Confiante, agora espera a valorização do imóvel que, em dois anos, pode dobrar.
Setores
A pesquisa do Creci avaliou também o valor do metro quadrado nos bairros, onde ocorreu lançamento de empreendimentos comerciais nos últimos anos. O Setor Oeste é o que possui o valor mais caro, com R$ 6.791,07. O presidente da entidade, Oscar Guimarães, acredita que isso esteja atrelado à valorização normal do metro quadrado da região e aos fatores atrativos, como o público garantido e comércio aquecido.
Em segundo lugar está o Jardim Goiás, com metro quadrado de R$ 6.275,18; seguido por Alto da Glória, R$ 5.835,16; e Setor Bueno, R$ 5.899,86. Todos os bairros do Sul de Goiânia, o que favoreceu, na visão de Guimarães, para que o valor regional também fosse o maior da capital. O preço médio do metro quadrado na região sul ficou em R$ 6.074,10, seguido pela região leste, R$ 5.400 e R$ 3.959,35.
Dentre os setores pesquisados em Goiânia, o Bairro Eldorado é o que possui o menor valor do metro, com R$ 3.959,35. O investimento i­mobiliário ecente contribui para isso, mas a tendência é de valorização nos próximos anos. Outro fator é o padrão dos imóveis. Na avaliação de Guimarães, a região Sul ainda possui as salas e lojas de melhor qualidade.
Fonte: Jornal O Hoje