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10/05/2012

Banco Central aposta em inflação menor nos próximos 3 meses

A inflação brasileira está em "processo de convergência" e será mais baixa nos próximos meses, afirmou nesta quinta-feira o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini. Ele admitiu que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril, que teve alta de 0,64%, veio acima das expectativas do BC, mas que a tendência é de uma inflação menos incisiva, no curto prazo.
"Nos próximos três meses, a inflação mensal do Brasil será inferior à registrada em abril. O processo de convergência continua, e nós vamos acompanhar isso nos próximos meses", afirmou, após discursar na abertura do Seminário de Metas para a Inflação, no Rio.
Tombini lembrou que a inflação acumulada em 12 meses caiu mais de 2 pontos percentuais (p.p.) desde setembro, quando atingira 7,31%. Atualmente, encontra-se em 5,10%.
"A inflação oficial em março veio abaixo das nossas expectativas, e em abril, veio acima do que projetávamos. Estamos num processo de convergência da inflação", reafirmou.
O movimento de alta do dólar continuará sendo acompanhado com atenção pelo BC, garantiu Tombini. Ele lembrou que esse é um dos fatores econômicos que incidem sobre a inflação.
"Nosso câmbio é flutuante. A primeira linha de defesa quando o cenário internacional muda é o câmbio. Ele flutua para proteger a economia. Vamos ver até onde esse processo internacional se estabiliza", observou.
Crescimento
Tombini disse ainda que a economia brasileira vai crescer com mais força na segunda metade do ano, impulsionando a concessão de crédito no País.
"Olhando para frente, a nossa economia volta a pegar tração ao longo do ano. A economia esse ano cresce mais do que no ano passado. Vai crescer mais no segundo semestre do que no primeiro semestre", afirmou, em entrevista após fazer a abertura do Seminário de Metas para a Inflação, no Rio.
Ele admitiu que a tomada de crédito vem ocorrendo numa velocidade mais lenta do que o esperado, especialmente devido à inadimplência. Tombini previu que a atividade econômica mais forte na metade final deste ano vai proporcionar a estabilização da inadimplência. Ele disse, inclusive, que o financiamento para veículos voltará a crescer.
"O crédito, inclusive o crédito de financiamento de automóvel tem condições de crescer, sim", observou.
O presidente do BC lembrou que a projeção da instituição é que haja um incremento de 15% na concessão de crédito este ano. Tombini frisou que o regulador do mercado deve ter uma "visão de neutralidade em relação ao tema".
"Nos momentos de euforia, o crédito não deve crescer exageradamente. Agora, nos momentos em que a economia começa a recuperar, é natural que se espere que o crédito acompanhe esse processo, e não que as instituições fiquem excessivamente severas no processo de concessão de crédito", comentou.