Pesquisa FipeZap, realizada emsete regiões brasileiras, mostra aumento de 14,6% no primeiro semestre.
Os preços dos imóveis brasileiros caíram no mês de junho, apresentando variação do índice FipeZap de 2,3% - taxa inferior à registrada em maio, de 2,6%. O levantamento, realizado em sete regiões brasileiras, mostrou que no primeiro semestre o aumento do preço médio dos imóveis foi de 14,6%. Ainda que com valores mais baixos, os imóveis brasileiros de um e quatro dormitórios foram os que tiveram maior variação (2,5%) no mês de junho.
Entre as cidades pesquisadas pelo relatório da FipeZap, produzido em parceria entre a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e a Zap Imóveis, São Paulo e Rio de Janeiro mantiveram suas taxas de aumento nos preços imobiliários (2,6% e 3% respectivamente). Já os municípios de Belo Horizonte, Recife e Distrito Federal registraram variações menores do que no mês de maio. Em Salvador foi registrada queda de 0,6% no preço médio do m² que é de R$ 3,4 mil – o menor entre as cidades pesquisadas.
“Apesar da queda registrada nos preços dos imóveis, ainda não é possível afirmar que exista uma nova tendência, já que o aumento ainda foi representativo. Alguns fatores como indícios de uma bolha imobiliária e a presença de inflação podem ter contribuído para a queda dos preços”, diz Eduardo Zylberstajn, coordenador do índice FipeZap. “Além disso, estamos em período de férias, o que também gera diminuição na procura. Porém, a demanda ainda é muito grande”, afirma Zylberstajn.
No acumulado dos últimos 12 meses, a maior variação dos preços imobiliários ocorreu no Rio de Janeiro (44%), seguida por São Paulo (29%) e Belo Horizonte (28%). Segundo o levantamento, no mês de junho o m² mais caro do Brasil foi encontrado no Distrito Federal (R$7,6 mil), seguido pelo Rio de Janeiro com R$ 6,5 mil.
A pesquisa também revelou que o preço do m² em São Paulo (R$ 5,4 mil) no mês de julho foi a maior desde janeiro de 2008 – com variação de 101%. As áreas paulistanas com os maiores preços foram Jardim Paulistano e Ibirapuera Vila Nova Conceição (R$ 8,5 mil e R$ 8,2 mil respectivamente). O Rio de Janeiro registrou, no mesmo período, variação de 126%, com destaques para o bairro do Leblon - onde o m² médio ultrapassou R$ 15 mil, pela primeira vez desde o início da série histórica.
Fonte: IG/SP
