O deslocamento do eixo comercial do Centro de Goiânia para algumas vias como as Avenidas 24 de Outubro (Campinas), Bernardo Sayão (Fama), Rio Verde (Parque Amazonia), Igualdade (Garavelo), T-63 (Bueno e Nova Suíça), Ruas 136 e 146 (Marista), e a melhor qualidade de vida proporcionada nas regiões dos parques ecológicos estão provocando uma corrida em busca de imóveis para locações comercial e residencial nessas regiões. Com mais procura do que oferta, os valores dos aluguéis dispararam e os reajustes dos contratos têm sido feitos acima do IGP-M, que nos últimos 12 meses acumula alta de 9,77%.
Segundo o presidente do Sindicato da Habitação de Goiás (Secovi-GO), Marcelo Baiocchi, os valores dos aluguéis de imóveis residencial e comercial, em algumas regiões de Goiânia, têm sido definidos pela lei a oferta e procura.
Em áreas pouco procuradas, o IGP-M tem sido adotado como o índice para o reajuste dos contratos, e em alguns casos até inferior a ele. Já em regiões de grande valorização, na hora da renovação tem prevalecido a negociação entre inquilino e proprietário. "Muitas vezes, o reajuste chega a três vezes à taxa do IGP-M", observa Baiocchi.
ValoresDe acordo com o Secovi-GO, o valor do metro quadrado para locação em áreas comerciais, como as Avenidas Rio Verde e 146, chega a R$ 100,00, enquanto na Avenida Anhanguera ou Goiás não passa de R$ 40,00. Já o aluguel de um apartamento médio básico (de três quartos) tem sido de R$ 10,00 o metro quadrado, e o de dois quartos sai a R$ 8,00, em média. Mas se o imóvel fica ao lado de algum parque ecológico, o metro quadrado sobe para R$ 17,00.
Segundo o gerente de Aluguel da Rezidência Imóveis, Célio Pereira Machado, o mercado aquecido faz com que os imóveis oferecidos em determinadas regiões para locação sejam ocupados rapidamente, especialmente os de três e dois dormitórios.
O gerente de locação da Bambuí Imóveis, Cláudio Furlanetto, confirma que a velocidade de locação está maior do que em anos anteriores.
ÍndicePela primeira vez neste ano, a oscilação do IGP-M, acumulado nos últimos 12 meses, foi inferior a dois dígitos. Ficou em 9,77%. O índice foi divulgado ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em maio, a variação foi de 0,43%.
Com isso, os contratos de locação residencial indexados ao IGP-M e com aniversário em junho deste ano e pagamento no final do mês ou no início de julho sofrerão aumento nominal de 9,77%. O fator de multiplicação para o cálculo do aluguel em junho, é de 1,0977 e será aplicado sobre o valor do aluguel que vigorou até maio.
Assim, se o valor do aluguel pago até maio deste ano foi de R$ 800,00, a partir de junho o locatário pagará R$ 878,16. Esse cálculo é realizado da seguinte forma: R$ 800,00 x 1,0977 = R$ 878,16.
O presidente do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor - Seção de Goiás, Wilson Rascovit, orienta os iquilinos a seguirem o índice estipulado em seus contratos na renovação do aluguel. Ele lembra que na maioria prevalece o IGP-M.
Fonte: O Popular
