A Fipe levantou os bairros com os aluguéis mais caros e os mais baratos, relativamente ao valor do imóvel. Atualmente, quem mais tem ganhado dinheiro são os donos de imóveis no bairro da Vila Nova Conceição, na zona sul de São Paulo. Os aluguéis ali estão entre os mais altos do país: equivalem a quase 0,6% do preço do imóvel — ou 7,4% ao ano.
Na ponta oposta está o bairro do Leblon, no Rio de Janeiro, onde o aluguel representa 0,3% do preço do imóvel. Quem comprar um apartamento de 2 milhões de reais na Vila Nova Conceição e alugá-lo deverá receber 12 000 reais por mês, o dobro do que ganharia no Leblon.
O que explica isso? Em geral, imóveis mais caros têm aluguéis proporcionalmente mais baixos. “O proprietário de um apartamento de 10 milhões de reais não consegue locá-lo cobrando 50 000 reais por mês, ou 0,5% do preço total.
Não há muitas pessoas com renda suficiente. Ele precisa baixar para, digamos, 30 000 reais para conseguir inquilinos”, diz Leonardo Schneider, vice-presidente do Secovi do Rio de Janeiro, sindicato que reúne as construtoras do estado.
O Leblon é o bairro que tem o metro quadrado mais caro do país — em alguns prédios, chega a 50 000 reais. Por isso, seus aluguéis costumam ser menores em termos relativos. Locais mais populares, como o Campo Limpo, em São Paulo, e o centro do Rio têm aluguéis mais caros.
“Alguns investidores preferem comprar várias casinhas ou apartamentos baratos, que têm valor de locação proporcionalmente maior”, diz Schneider.
Margem de manobra
Vila Nova Conceição também é um bairro caro, mas os preços são menores que os do Leblon — em média, os apartamentos custam 40% menos. Assim, segundo especialistas, a margem de manobra dos proprietários é maior na hora de estabelecer o preço do aluguel.
Fonte:Exame