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23/01/2013

Crédito imobiliário cresce 3,6% em 2012, para R$ 82,8 bilhões, diz Abecip


Valor é recorde; alta, contudo, é inferior às projeções para o ano da Abecip.
Para 2013, o crédito deverá crescer 15%, para R$ 95,2 bilhões, estima.O crédito imobiliário com recursos da poupança cresceu 3,6% em 2012 no país, para R$ 82,8 bilhões, um novo recorde histórico, aponta nesta quarta-feira (23) a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
O número total de unidades financiadas, contudo, caiu 8%, de 493 mil para 453 mil.A alta, contudo, é bem menor do que a expectativa da entidade para o ano. Inicialmente, era de que o crédito imobiliário crescesse 30% em 2012, para posterior projeção de alta de 20%.
O recuo foi puxado pelo número de unidades para construção (de 26%, de 227 mil para 168 mil). Com relação a unidades para aquisição, foi registrado aumento de 7% (de 266 mil para 185 mil).
“A gente acabou não tendo o crescimento do PIB em 2012 da ordem que a gente gostaria”, diz Octavio de Lazari Junior, presidente da entidade, citando cenários de incerteza com relação à economia mundial, sobretudo na Europa e Estados Unidos.
Internamente, ele cita uma conjunção de fatores que acabam influenciando o crescimento do PIB e, por sua vez, o crédito imobiliário, como a redução no volume de lançamentos das das incorporadoras, a redução das exportações para a Argentina e seca no Sul e no Nordeste no começo de 2012.
Preços
Mesmo com a redução do número total de unidades financiadas, o valor médio de financiamento, entretanto, subiu de R$ 162 mil para R$ 183 mil. No caso da construção, a alta foi de R$ 155 mil em 2011 para R$ 167 mil no ano passado. Para aquisição, o valor médio de financiamento saltou de R$ 168 mil para R$ 192 mil.
Com relação a alta dos preços, o presidente cita fatores como carências de terrenos, empreendimentos mais completos, maior custo de mão de obra e de insumos como influências. "Mas isso é natural [a alta de preços]. A oferta e a procura vão determinar o preço. Houve reajuste", explica.
Só em São Paulo e no Rio de Janeiro, o preço dos imóveis teve um reajuste de cerca de 15% no acumulado em 12 meses até novembro de 2012, diz a Abecip. Levando em conta todo o país, o reajuste pode ter sido um pouco menor, de aproximadamente 12%, estima Lazari.
Retomada
Comparando o segundo com o primeiro semestre do ano passado, o total de empréstimos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) aumentou 23%, de R$ 37 bilhões para R$ 45,7 bilhões, o que demonstra uma aceleração a partir dos últimos seis meses do ano.
Para o presidente da Abecip, 2012 foi um ano de "ajuste" para o mercado imobiliário, diante do alto crescimento dos anos anteriores e, por conta disso, 2013 deverá ser de "retomada". Um dos motivos citados para o crescimento neste ano é a manutenção do crescimento do emprego e da renda no país.
"O crédito imobiliário não cresceu mais por conta dos financiamentos para pessoa jurídica, que foi menor do que esperávamos (...). Mas o crédito não pode crescer 40%, 50% todo ano", disse.
Com relação ao financiamento para construção, citado por Lazari Junior, a queda foi de 20%, de R$ 35,2 bilhões para R$ 28,1 bilhões. Os empréstimos para aquisição final subiram 22%, de R$ 44,7 bilhões para R$ 54,7 bilhões.
Previsão para 2013
A entidade acredita que o crescimento do crédito deverá ser maior em 2013 do que no ano passado. Em projeção tida como conservadora pela Abecip, o crédito deverá crescer 15% em 2013, para R$ 95,2 bilhões.
Fonte:G1 Economia