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06/10/2011

Imóvel é a nova poupança de investidores

Estima-se que até 40% dos apartamentos de condomínios lançados em SP sejam vendidos para pessoas que querem revender ou alugar.
João Paulo Diniz Coelho, funcionário do governo federal, comprou três apartamentos e duas vagas de garagem no dia do lançamento do edifício Essencial by Victoria, no Guará II, bairro de uma cidade-satélite do Distrito Federal. Dois deles ele quer revender quando o imóvel ficar pronto e o terceiro ele vai alugar, para receber uma renda mensal dessa outra parte do investimento. Em todas as unidades, ele aplicou 70% do patrimônio financeiro. “Meu outro imóvel aqui no Guará, onde moro, subiu de R$ 55 mil para R$ 180 mil em pouco tempo”, diz ele, que tem 38 anos. Diniz deu uma entrada de R$ 61 mil para adquirir os imóveis e vai arcar com uma prestação mensal de cerca de 35% de sua renda. Nos apartamentos que adquiriu, de um quarto e 43 metros quadrados, por R$ 260 mil cada, imagina que cobrará algo como R$ 1 mil pelo aluguel. Mas, mais do que a renda pelo aluguel, Diniz está de olho na receita com a venda dos dois apartamentos. Ele espera revendê-los antes da entrega das chaves, para não ter de recolher imposto de renda sobre o investimento como venda de imóvel. “Prefiro investir em imóveis. As aplicações financeiras estão rendendo pouco”, afirma o servidor público. O número de brasileiros que, assim como Diniz, tentam lucrar com a revenda de imóveis adquiridos na planta, aumentou. Com a volatilidade da bolsa de valores e a redução da taxa básica de juros, aplicações em renda fixa e variável ficaram menos atrativas. Em São Paulo, o percentual de investidores entre os compradores em lançamentos varia atualmente entre 30% e 40% dos imóveis à venda, segundo Luiz Paulo Pompeia, diretor da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp). A taxa saudável, segundo ele, é de 10%. “Pode haver um excesso de oferta na hora que esses investidores decidirem vender”, diz Pompeia. Concorrência entre proprietários Em um lançamento de 250 unidades, por exemplo, se 40% dos compradores fecharem o negócio para revender após a construção, cem unidades estarão à venda assim que o empreendimento estiver pronto. Esse cenário pode levar a uma concorrência entre os proprietários, que obrigará aqueles com mais pressa a reduzir os preços. “A expectativa de ganhos desses investidores pode não se concretizar”, diz Pompeia. No entanto, não há problemas quando o investidor visa a comprar imóveis para alugar, segundo os especialistas. “Esse comprador aquece o mercado sem especular”, diz João Crestana, presidente do Secovi-SP. É o caso do comerciante Cleomar de Almeida Furriel, de 34 anos, casado, que espera a chegada do primeiro filho para breve. Ele comprou no mês passado, também no Guará, em Brasília, seu terceiro apartamento para investir. “O aluguel desses imóveis é meu pé de meia, para a minha aposentadoria.” Não apenas brasileiros, mas também estrangeiros estão comprando imóveis de alto padrão em regiões nobres de capitais como São Paulo e Rio de Janeiro. Frederico Judice, sócio da imobiliária Judice&Araujo, especializada em alto luxo na cidade carioca, conta que muitos de seus clientes são norte-americanos ou europeus que acreditam no potencial de valorização do mercado brasileiro. Entre os motivos, a expectativa de que a infraestrutura da capital carioca evoluirá com investimentos para as Olimpíadas de 2016. “A indústria do petróleo e as expectativas de volume de investimentos que o Rio de Janeiro vai receber por conta dos jogos acabou se refletindo no mercado imobiliário”, diz Judice. Fonte: IG