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18/02/2011

Mudanças no Minha Casa preocupa construtores e trabalhadores podem ser demitidos

A tensão começa a tomar conta dos operários de cidades que, a exemplo de Paulista, na zona norte da Região Metropolitana do Recife, trabalham em construções que seriam destinadas ao programa Minha Casa, Minha Vida e agora estão fora dos novos padrões estabelecidos pela Caixa Econômica Federal. Isso porque parte dos funcionários diretos da construção civil começaram a ser licenciados e afastados das obras, muitas das quais que também foram paralisadas, uma vez que muitas das residências em negociação não atendem aos critérios de apresentarem redes de saneamento completas e acessos por meio de vias asfaltadas.
Esse é o caso do grupo contratado pelo construtor de pequeno porte, Coronel Campelo, que afirma que a ação repentina da Caixa deve prejudicar os negócios. Ele, por exemplo, tinha oito casas para venda, cinco das quais já negociadas e ainda pendentes da avaliação, já requisitada, do banco. Com a novidade do programa, as negociações estão suspensas. "É como se sentíssemos uma bolada nas costas. Temos dinheiro empenhado nesses empreendimentos e sem a possibilidade de financiamento, para o qual eles foram feitos, podemos ter prejuízos e sermos obrigados a demitir nossos funcionários", afirma.
Além disso, Campelo afirma que a questão de saneamento básico, que, no estado, é de responsabilidade da Compesa, normalmente é assumido pelas construtoras para garantir a agilidade e saúde financeira dos empreendimentos, no entanto, fazer o mesmo com o capeamento de asfalto seria inviável. "Isso elevaria significativamente o preço da casa e provavelmente a faria sair do limite do programa", lamenta.
De acordo com a assessoria regional de comunicação da Caixa, apenas os empreendimentos que os mutuários já tiveram créditos aprovados e as construtoras que já tiveram a avaliação do banco concluída estarão passíveis de continuar gozando do benefício do financiamento mesmo sem apresentar capeamento ou estrutura de capeamento completos. Nos casos já iniciados, mas não concluídos, haverá a negação dos financiamentos e exclusão do empreendimento do programa.
Em nota oficial, a Caixa afirma explica que a decisão não vale para todos os tipos de empreendimento, mas que "consiste basicamente em se exigir que o financiamento no âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida, de aquisição de imóveis prontos, cuja produção não foi financiada pela CAIXA, o terreno conte com pavimentação". Além disso, afirma que o objetivo da alteração é o de dar tratamento igualitário a todas unidades financiadas, além de preservar a qualidade e as condições de habitabilidade dos imóveis.
Fonte: Diário de Pernambuco